sexta-feira, 22 de março de 2013

Eles não me representam...


 Artigo Final
 Fica proibido o uso da palavra liberdade,
 a qual será suprimida dos dicionários
 e do pântano enganoso das bocas.
 A partir deste instante
 a liberdade será algo vivo e transparente
 como um fogo ou um rio,
 e a sua morada será sempre
 o coração do homem.

Thiago de Mello , Os Estatutos do Homem, (Ato Institucional Permanente)
Santiago do Chile, abril de 1964

sexta-feira, 15 de março de 2013

Respeito é bom e nós exigimos


A eleição do Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados tem sido motivo de grande discussão na imprensa e nas redes sociais.
A mim pouco importa que essa pessoa seja um evangélico, católico, umbandista, judeu, espiritualista, budista ou até mesmo ateu.
O diferencial que se espera da postura de alguém que ocupe esse cargo é de RESPEITO ao ser humano, independente de sua sexualidade, religião, raça ou quaisquer outros atributos.
O ápice da minha indignação se deu no dia 13 de março, ao observar a foto postada no site do UOL, em que  o Deputado Jair Bolsonaro, componente da Comissão, exibia um cartaz dirigido às pessoas que contestavam a reunião, com termos de baixo calão.
Fica a pergunta que não quer calar: Ainda existe Decoro Parlamentar ou é Atitude Para Lamentar?

quarta-feira, 13 de março de 2013

Joana Xavier de Souza Lisboa - 2 anos desaparecida


Há dois anos acompanho o sofrimento dessa mãe em busca de sua filha e/ou notícias da mesma.
Eis o apelo recebido da amiga Lenore sobre o desaparecimento da filha.

“Dois anos procurando por ti minha filha, espero que estejas feliz, não importa o quanto eu sinta saudade, não importa o quanto eu hoje fique triste, o que eu quero é que estejas bem e se comunique comigo.
Continuarei te procurando sempre. Só ou junto com pessoas generosas que tenho encontrado durante este tempo. Só peço e desejo que me informem a VERDADE, e se tu estás lendo isto, ou se alguém souber de ti e esteja lendo que se ponha um segundo em meu lugar e me ligue, mande e mail, recado, mensagem, que irei a qualquer lugar deste mundo te encontrar.
JOANA DESAPARECIDA EM 13 03 2011, 48 84345868 lenorexs@hotmail.com

Pior que a dor da perda é conviver com a esperança de reencontro, a falta de informações consistentes e o descaso das autoridades.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Para os homofóbicos de plantão



Enquanto se discute o sexo dos anjos crianças são abandonadas. Com um pouco de sorte algumas são encaminhadas para os abrigos, mas a maioria vaga pelos sinais, dorme pelas ruas e já é grande o número das crianças-zumbis nas comunidades de crack.

*Postei essa mensagem essa semana no facebook como até o momento já foi compartilhada por 179 pessoas resolvi compartilhar por aqui.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Minhas histórias dos outros


Leitora de Zuenir Ventura só descobri esse livro há alguns dias na Feira do Livro do Largo da Carioca.
Leitura imperdível para aqueles que não viveram os anos de chumbo.

“Não viemos a Terra para julgar, nem para prender ou condenar; viemos para olhar e depois contar. Não somos juizes, não somos promotores, somos jornalistas, somos testemunhas de nosso tempo, uma testemunha crítica, não necessariamente de oposição, mas implacavelmente crítica”  Zuenir Ventura

Este livro traz o testemunho de Zuenir Ventura, um dos mais brilhantes jornalistas de nosso tempo, sobre um período que vai do final dos anos 50, quando publica  suas primeiras reportagens, até os dias de hoje. Em meio a lembranças pessoais e coletivas, estão as principais mudanças comportamentais, políticas e sociais, revividas em episódios conhecidos e desconhecidos, em personagens famosos e anônimos.
Pela excelência do texto e a diversidade da narrativa, Minhas Histórias dos Outros é como o romance real de uma época em que houve do melhor e do pior: revolução sexual e arrojadas aventuras existenciais, mas também flagelos planetários como a aids e o narcotráfico: depressão e euforia, choro de alegria e de tristeza.
Há momentos cômicos e surpreendentes, como a entrevista com Fidel Castro, que nunca pôde ser publicada. Ou a foto acidental da calcinha branca de Jacqueline Kennedy. E há dramas pungentes como a saga de uma testemunha marcada pelo destino. Em suma, o livro de Zuenir é uma fascinante aventura humana.

Ventura, Zuenir
Minhas Histórias dos Outros
São Paulo: Editora Planeta, 2005

 
"Mal foi amanhecendo no subúrbio
As paredes gritaram: anistia
Rápidos trens chamando os operários
Em suas portas cruéis também gritavam:
Anistia, anistia"
Escrito por Carlos Drummond de Andrade no período da Campanha pela Anistia:
Página 98